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Reforma da Ponte sobre o Rio Paraguai é tema de audiência promovida pelo deputado Beto Pereira

29/06/2017

Representantes da Concessionária Porto Morrinho, empresa responsável pela exploração da ponte sobre o Rio Paraguai, em Corumbá, foram ouvidos na tarde dessa quinta-feira, 29/06, pelo deputado estadual Beto Pereira (PSDB). O objetivo da reunião, que aconteceu no Plenário Nelito Câmara, na Assembleia Legislativa, foi esclarecer sobre a falta de manutenção na estrutura da ponte, que há anos sofre com colisões de barcaças e está com um dos pilares completamente sem proteção.

Estiveram presentes na reunião o engenheiro da Concessionária, André Rodrigo Garcia, e diretor executivo da empresa, Wolney Azevedo Freire. Também participou o vereador de Corumbá Domingos Albaneze (PV). O assunto foi levantado em abril desse ano, durante uma audiência pública realizada na Câmara Municipal de Corumbá, que discutiu a infraestrutura e a segurança das pontes que ligam o município pantaneiro ao restante do Estado. No evento foram apresentados laudos de acidentes e registros fotográficos que mostram que um dos dolfins, equipamentos que protegem os pilares da ponte, está totalmente destruído.

O diretor executivo da Concessionária Porto Morrinho esclareceu que a responsabilidade quanto a realização de reformas na ponte é do Governo do Estadoe que isso está descrito no contrato de concessão. Entretanto, até agora não foi realizada nenhuma obra de recuperação da estrutura danificada. “Cabe ao Estado fazer esses reparos. Já cobramos a urgência nessa questão e até mesmo acionamos o Ministério Público para que o problema fosse solucionado”, ressaltou Wolney, afirmando ainda que a concessionária se propôs a fazer a obra desde que o Governo do Estado dê a autorização para isso.

O deputado Beto Pereira questionou os representantes da concessionária o motivo da empresa ter firmado contrato com o Governo em 2008, uma vez que nesse ano, o dolfin de proteção da estrutura da ponte já estava avariado. “Quando foi concedida a exploração da ponte para a Porto Morrinho, já existiam danos na estrutura. É o mesmo que comprar um carro usado com pneus carecas. A pergunta é: por que assumir uma responsabilidade que não é sua?”,  indagou Beto Pereira.

Wolney Freire afirmou que o Estado havia se comprometido em realizar a obra, inclusive já iniciada em 2005. Porém nunca foi levado a cabo. “Nós, da concessionária, firmamos o contrato sabendo que existia o dano, mas não riscos de comprometer a estrutura da ponte. Fizemos seguros para nos garantir caso tivéssemos que assumir essa reforma. Estamos dispostos a ajudar. Mas existem impedimentos legais para isso”, disse Wolney.

O vereador Domingos Albaneze falou sobre a preocupação da população de Corumbá de ficar isolada do restante do Estado, caso a ponte seja interditada em função de novos acidentes. “Esse dolfin protege os pilares da ponte de colisões. Sem ele, toda a estrutura está exposta e caso uma embarcação se choque com a estrutura, pode haver uma interdição do tráfego e voltaremos ao tempo das balsas de travessia. Não queremos isso. Queremos uma solução urgente para o problema”, afirmou Albaneze.

Beto Pereira disse que a Assembleia vai tomar algumas medidas para solucionar esse problema. “Precisamos de respostas rápidas e vamos agir nesse sentido. Sei que a Concessionária terá uma reunião com o Ministério Público Federal no inicio do mês que vem para encontrarem uma saída. Vamos esperar o resultado dessa reunião para tomarmos qualquer atitude sobre esse tema. O certo é que Corumbá não pode ficar nessa angústia e que o dolfin precisa ser recuperado. Estarei acompanhando de perto todos os trâmites”, concluiu Beto Pereira.