O deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS) assinou o protocolo apresentado pelo deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) que solicita a prorrogação das atividades da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por mais 120 dias. Beto defende que o trabalho da CPMI é essencial, especialmente diante dos desdobramentos que vêm sendo revelados ao longo das investigações.

“Este é o maior crime que fizeram na história contra aposentados e pensionistas no país”, declarou Beto, ressaltando a gravidade da situação que afeta milhões de brasileiros que dependem das aposentadorias.

Com a prorrogação, que levará o término dos trabalhos da CPMI para julho de 2026, o deputado acredita ser imprescindível aprofundar as investigações e garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados.

Beto apontou a necessidade de reforçar a fiscalização pela Câmara e pelo Senado, afirmando que a população merece satisfação. “Precisamos desvendar essa situação e entregar à população o fim dos descontos indevidos que afetaram aposentados e pensionistas”.

O deputado sublinhou um paradoxo preocupante: “Para se aposentar, o cidadão enfrenta uma montanha de documentos e exigências. Já para aplicar descontos, é tudo tão fácil que não é necessário nem enfrentar filas”, ironizou, enfatizando a disparidade nas exigências burocráticas que tornam a vida dos aposentados ainda mais difícil.

Para Beto, a CPMI tem como missão não apenas identificar os responsáveis pelas fraudes, mas também garantir que haja penalizações na esfera civil e criminal, além de mitigar os prejuízos com bloqueios de bens dos envolvidos. “O cidadão não pode novamente pagar a conta”, concluiu.