O deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS) na sabatina à Rádio CBN Campo Grande (93,7), como pré-candidato à Prefeitura de Campo Grande, disse que os servidores públicos têm sido severamente prejudicados com o caos financeiro que impera em Campo Grande, onde atual gestão elevou a folha salarial em 49% e não tem honrado decisões judiciais referentes a pagamentos de piso salarial, insalubridade, periculosidade, quinquênios e progressões. “Tudo isso tem refletido para as finanças da Prefeitura de Campo Grande, uma dificuldade de cumprir os direitos, conquistados pelo servidor. E deixa a Prefeitura num verdadeiro caos. Traz transtorno ao servidor, traz transtorno ao cidadão, porque sem dinheiro a Prefeitura perde a capacidade de investimento”, aponta Beto Pereira.
Segundo o pré-candidato, a soma de mais de R$ 1 bilhão anualmente para pagamentos de salários de cargos comissionados, que vieram à tona pela “folha secreta”, tem contribuído significativamente para as dificuldades financeiras enfrentadas pela Prefeitura de Campo Grande. Esta situação não apenas afeta o funcionalismo, mas também prejudica diretamente a capacidade de investimento do município, impactando a qualidade dos serviços prestados à população.
Beto Pereira expressou sua preocupação com a falta de interesse da Prefeitura em cumprir as decisões judiciais, ressaltando que a situação é tão grave que há uma determinação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) solicitando intervenção no município. O pré-candidato mencionou que, ao assumir o mandato caso seja eleito em 2025, convocará todas as categorias para estabelecer um escalonamento no cumprimento das ordens judiciais. Para Beto Pereira, a máxima de que “decisão judicial se cumpre” deve ser respeitada e seguida à risca.
Ao ser questionado sobre a situação da Saúde pública, Beto afirmou que a população perdeu a credibilidade no sistema. Segundo ele, os pacientes têm migrado diretamente para atendimento nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) devido à falta de remédios básicos nas unidades básicas, além de descrever a situação de trabalho insalubre dos servidores públicos ao enfatizar que “chove mais dentro da unidade de saúde do que fora”.
Uma das soluções apontadas por Beto é resgatar o serviço de atendimento, reequipar as unidades e reduzir as filas de espera por exames. Ele destacou a longa espera para procedimentos como endoscopia – chegando a até 11 meses. A prioridade, segundo ele, é melhorar o conforto dos pacientes e a qualidade do atendimento na saúde básica de Campo Grande.
Beto Pereira ressaltou que não falta recurso, mencionando que o orçamento da cidade para a Saúde é de R$ 2 bilhões. “Não dão conta de licitar remédios. Para ter fralda geriátrica é oferecida só por ordem judicial. Hoje, as pessoas não acreditam mais no serviço público. Nós temos que resgatar a credibilidade”, diz com preocupação.
Experiência como gestor
Beto Pereira, mencionando sua experiência na gestão pública em Terenos destacou problemas na educação e habitação, embora em escalas diferentes, são passíveis de resolução. “Terenos tinha um déficit habitacional, como em Campo Grande. Fizemos 500 casas, seriam para Campo Grande algo de 30 mil novas moradias. Mas não foi sozinho, conseguimos com recursos estadual e federal”, apontou.
Quanto à pré-candidatura ter o ter o apoio do governador Eduardo Riedel (PSDB), Beto mencionou que isso poderia ajudar a resolver o déficit de vagas em creches e escolas. O pré-candidato diz que não pode aceitar da gestão municipal não ter apresentado nenhum projeto ao Governo Federal para construção de novas residências. “Por todo o Brasil foram feitos 2.037 pedidos. Nenhum por Campo Grande, sendo que 37 municípios do Estado apresentaram interesse. Não houve sequer uma proposta ou interesse do município”, criticou Beto.
Encerrado o período de janela e filiações partidárias, a pré-candidatura de Beto Pereira, conta com apoio de cinco partidos: PSD, Podemos, PSB, Republicanos e Cidadania.
Confira abaixo a entrevista na íntegra: