Em Campo Grande, a situação da fisioterapia na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) é alarmante. O município, que conta com uma população aproximada de 930 mil pessoas, enfrenta um panorama insustentável: apenas 26 fisioterapeutas estão disponíveis para atender a demanda crescente.
Em uma reunião com profissionais do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de Mato Grosso do Sul (Crefito 13), o candidato a prefeito Beto Pereira (PSDB) se comprometeu a atuar em conjunto com o conselho para encontrar soluções para a crise.
Renato Nacer, presidente do Crefito 13, expressa sua preocupação, afirmando que a situação é “caótica”.
Segundo ele, muitos campo-grandenses não conseguem acesso ao atendimento fisioterapêutico pelo SUS, resultando em uma migração para clínicas particulares. “A espera por atendimento que varia de 4 a 6 meses frequentemente termina em abandono logo na segunda semana de tratamento”, destaca.
A fila de espera, agora estimada em 20 mil pessoas, representa um impasse preocupante para várias famílias na cidade. José Aparecido de Oliveira Melo, coordenador-geral do Crefito, enfatiza que essa situação já se arrasta por mais de uma década. Ele também ressalta o aumento significativo na demanda de atendimentos para pessoas com autismo, o que agrava ainda mais a crise.
Beto reconhece a importância da fisioterapia e o papel fundamental que esses profissionais têm na reabilitação e promoção da qualidade de vida.
“A fisioterapia é um serviço essencial. Temos condições de torná-la uma referência no atendimento descentralizando e podendo implantar centro de reabilitação nas sete regiões de Campo Grande. Estou comprometido em trabalhar junto ao Crefito para garantir a valorização e autonomia da profissão”, afirmou, ressaltando sua experiência pessoal com a fisioterapia e a transformação que ela pode proporcionar.
Beto assinou um termo comprometendo-se a promover a valorização da profissão e buscar soluções para que a população tenha acesso a atendimento especializado de qualidade.
A pandemia de Covid-19 trouxe à tona a importância dos fisioterapeutas, especialmente nos tratamentos respiratórios e nas UTIs, fazendo com que a profissão ganhasse destaque e reconhecimento.