Beto Pereira assume “dívida” de valorizar os profissionais de Engenharia e Enfermagem em visitas aos Conselhos Regionais

O candidato a prefeito de Campo Grande, Beto Pereira (PSDB) intensificou sua agenda eleitoral com visitas aos conselhos regionais, buscando apoio e alinhamento na pauta da valorização profissional.

Durante sua passagem pelo Crea-MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), Beto foi recebido pela presidente Vânia Mello, que apresentou uma carta com propostas voltadas para o setor, além de solicitar a valorização dos profissionais da área.

O Crea-MS é formado por 14 mil profissionais que atuam nas áreas da engenharia e da agronomia. “Estamos à disposição para contribuir com treinamento aos servidores, além de melhorias em tecnologia e atendimento à demanda da nossa cidade”, destacou a presidente Vânia Mello, ressaltando a importância de capacitação e infraestrutura visando à melhoria do fluxo de veículos e pedestres, a importância da regularização fundiária; a execução de obras priorizando a acessibilidade.

Beto aproveitou a oportunidade para compartilhar sua visão sobre a gestão e as demandas da cidade. “O sentimento do CREA é importante, pois enxerga Campo Grande com um olhar técnico. Todas as contribuições são validadas e necessárias. É fundamental que a gestão busque alinhamento e respaldo técnico nas decisões”, afirmou o candidato.

Ele também fez um alerta sobre a complexidade da burocracia que ainda permeia processos de liberação de alvarás, habites e licenças, afirmando que essa falta de serenidade pode ser prejudicial, especialmente em um contexto de crise financeira. “Investimentos em obras não ficam esperando. Mudam até de estado”, acrescentou Mello, reforçando a urgência em agilizar procedimentos que valorizem a iniciativa privada e promovam o desenvolvimento da capital.

Enfermagem pede o piso e as 30 horas

A visita de Beto Pereira ao Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem), onde se encontrou com o presidente Leandro Dias Rabelo, também teve foco na valorização dos profissionais de saúde.

O presidente do Coren-MS, Leandro Dias Rabelo, destacou que o conselho representa 35 mil profissionais e reiterou as dificuldades enfrentadas pela categoria em Campo Grande em relação à valorização profissional. “Essa tem sido nossa maior batalha. Temos uma lei que não é cumprida de maneira uniforme, resultando em aditivos que beneficiam alguns, mas não todos. É fundamental pensarmos em uma legislação municipal que assegure o pagamento justo”, afirmou.

Outra questão levantada foi a carga horária, que frequentemente ultrapassa as 30 horas semanais. “Estamos lidando com uma categoria adoecida. Esta é uma luta que se arrasta há mais de 20 anos em Brasília”, lamentou Leandro. Por fim, ele abordou a questão da segurança: “Já atendi profissionais que foram agredidos, e muitas unidades não contam com agentes de segurança para proteger médicos, enfermeiros e todos os demais profissionais”.

Beto Pereira compreende que o sucesso no atendimento público depende fundamentalmente da colaboração dos profissionais de enfermagem. Ele expressa sua determinação em ser um prefeito reconhecido, afirmando: “Só serei reconhecido se contar com a aprovação do servidor público”.

Ao abordar a questão da saúde pública, ele observa que “no setor onde se concentra o maior número de queixas da sociedade, a presença dos servidores é essencial; são os profissionais de enfermagem que garantem o funcionamento das unidades de saúde”.

Em relação às finanças do município, Beto menciona: “O município possui uma dívida com a enfermagem. Existem leis aprovadas que não foram cumpridas e judicializadas. Precisamos urgentemente estabelecer um plano para pagar o piso e garantir o cumprimento das obrigações, organizando os pagamentos juntos com os repasses do governo federal”, afirmou.

Além disso, Beto expressa preocupação com a falta de medicamentos, destacando a importância de uma melhor resolutividade nas questões de saúde. Ele acredita que um trabalho conjunto entre a administração pública e os profissionais de saúde é fundamental para enfrentar a crise na saúde que a comunidade enfrenta atualmente.

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