Andar de bicicleta já faz parte do cotidiano de muitos moradores de Campo Grande. Seja para o lazer, exercício ou como meio de transporte até o trabalho e a escola, a bike tornou-se uma alternativa prática e sustentável. No entanto, a realidade das ciclovias na cidade revela um cenário que exige melhorias urgentes. “Olha o estado de nossas ciclovias. Asfalto ruim, sem iluminação, sem sinalização, sem segurança”, aponta Beto Pereira, candidato à Prefeitura de Campo Grande. Ele ressalta que, além da má qualidade, muitas das faixas acabam de repente, sem continuidade, tornando a experiência dos ciclistas perigosa e desconexa.
Beto quer transformar a Cidade Morena na “Capital das Bikes”. Para isso, ele propõe um plano ambicioso: modernizar e ampliar todo o sistema cicloviário da cidade. Atualmente, Campo Grande conta com um total de 105,5 km de ciclovias, sendo 85,5 km exclusivos para bicicletas e 18 km de ciclofaixas, além de 2 km de calçadas compartilhadas. No entanto, o estado de conservação deixa a desejar, com 46,5 km de sinalização precária e 5 km completamente sem sinalização. Para Beto, “mobilidade urbana tem que ser para todos. É bom para o trânsito, é bom para a saúde das pessoas, é bom para o meio ambiente”, diz.
Propostas de Expansão e Modernização
O plano de governo de Beto Pereira inclui a expansão do sistema cicloviário para 146,1 km, além de promover uma revitalização que busca integrar melhor as ciclovias existentes e corrigir os principais problemas enfrentados pelos ciclistas. Entre as demandas mais urgentes estão a falta de sinalização adequada nas travessias, cruzamentos perigosos e o fim abrupto de diversas ciclovias em vias importantes, como as avenidas Duque de Caxias, Fábio Zahran e Cônsul Assaf Trad.
Outro ponto de atenção é a ausência de arborização em vários trechos. Das ciclovias existentes, 42,6 km não contam com árvores, tornando o trajeto mais árido e desconfortável, especialmente nos dias mais quentes. As avenidas Cônsul Assaf Trad, Lúdio Martins Coelho e Duque de Caxias estão entre as que mais sofrem com a baixa arborização, o que compromete o conforto e a segurança dos ciclistas. A iluminação também é uma preocupação: 24 km de ciclovias estão sem iluminação adequada, o que agrava a sensação de insegurança, especialmente em vias como a Av. Prefeito Lúdio Martins Coelho e a Av. Duque de Caxias.
Integração com o Transporte Público e Segurança
Além das melhorias estruturais, Beto também defende a ampliação da integração das ciclovias com o transporte público, um dos grandes desafios da mobilidade urbana sustentável. Atualmente, apenas três terminais de ônibus possuem bicicletários, e apenas o terminal Guaicurus oferece conexão direta com a malha cicloviária. Para o candidato, essa integração é fundamental para que as bikes sejam uma opção real de transporte para todos os campo-grandenses.
Entre os problemas mais apontados pelos ciclistas estão o desrespeito no trânsito (25%), a falta de ciclovias (24%) e a falta de segurança pública (15%). “Por isso a importância de políticas que estimulem a convivência pacífica entre ciclistas e motoristas, além de ampliar a infraestrutura para garantir mais segurança”, afirma o candidato.
O Futuro das Ciclovias
Beto Pereira promete fazer de Campo Grande uma cidade modelo para o ciclismo urbano. Sua proposta de ampliar a malha cicloviária busca não apenas criar mais vias para ciclistas, mas também garantir que elas estejam conectadas de forma inteligente e segura. “Mobilidade urbana é um direito de todos, e o uso da bicicleta deve ser incentivado como uma alternativa sustentável, saudável e viável para quem precisa ou escolhe pedalar”, finaliza o candidato.
Experiência e Apoio Político
Beto Pereira traz consigo um extenso currículo de gestão pública. Em seus dois mandatos como prefeito de Terenos (2004-2012), promoveu mudanças significativas em diversas áreas, o que consolidou sua reputação como gestor eficiente. Agora, em sua candidatura à Prefeitura de Campo Grande, ele conta com o apoio de lideranças políticas de peso no Mato Grosso do Sul, como o governador Eduardo Riedel, os ex-governadores Reinaldo Azambuja e André Puccinelli, além do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).